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Consenso ameaçado: Sindicatos e agroindústria divergem no percentual de reajuste

Data: 08/07/2014

Após 10 horas de frustrado diálogo para definir salário de sete mil trabalhadores, negociação será retomada nesta na sexta-feira

Chapecó (8.7.2014) - Acabou frustrada a primeira rodada de negociação para estabelecer os salários de 7.000 trabalhadores de uma agroindústria. Os sindicatos dos trabalhadores nas indústrias de carne ou alimentação de Seara, Xanxerê e Itapiranga foram intransigentes: não aceitam reajuste salarial menor que 8% aos profissionais da JBS, unidades dos três municípios. A extensa reunião com mais de dez horas de debate, realizada em Chapecó, não evoluiu com a questão econômica permanecendo em estaca zero.

As instituições sindicais até admitem composição nas cláusulas sociais, mas são totalmente irredutíveis no item de cunho econômico. O presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Alimentação de Santa Catarina - FETIAESC que coordena as negociações Miguel Padilha, justifica que o percentual a ser definido no Oeste vai impactar em outras negociações o Grupo da Alimentação no Estado. “Nossa proposta é 8% e não vamos abrir mão de absolutamente nada”, assegura.

Os presidentes dos sindicatos de Seara, Gilberto Weber; Xanxerê, Marionice Bavaresco Machado e de Itapiranga Ângelo Altair Venzo da Encarnação, lembram que a proposta inicial era aumento de 10%. No entanto, para facilitar o entendimento, o pedido foi baixado para 8%, índice considerado definitivo pelas lideranças sindicais. O impasse está restrito a esta questão. A diferença entre pedido e oferta não esta longe. A empresa acenou com aumento de 7,6% e chegou a 7,8% mediante corte de alguns itens sociais. Essa possibilidade não convenceu a representação profissional que se manteve fiel a seu princípio.

Valorização - Padilha reafirmou que os sindicatos não cedem, mas a tendência é as partes chegarem ao acordo. Pondera, entretanto, que isso ocorrerá somente se a empresa aceite repassar o percentual reivindicado. Para ele, a resistência patronal “é caolha e sem amparo”. Justifica que a classe profissional “é plena merecedora” de salários “compatíveis com o resultado do que produz”.

Como o debate ficou comprometido neste primeiro momento, as representações do capital e trabalho voltam à mesa das negociações nesta sexta-feira, 11 de julho. Todas as decisões serão retroativas a 1º de junho, data base da categoria.

Foto: Processo colocou frente a frente sindicatos e agroindústria, mas sem avanço

Assessoria de Imprensa FETIAESC

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