A irredutível posição dos sindicatos sobre o percentual de reajuste surtiu bons efeitos

Chapecó (16.7.2014) - A postura mantida desde o inicio das negociações foi determinante para definir o reajuste salarial dos trabalhadores da JBS. A Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Alimentação de Santa Catarina - Fetiaesc e os sindicatos da categoria de Seara, Xanxerê e Itapiranga, municípios onde a empresa possui unidades produtivas, foram enfáticos: não há diálogo com índice menor que 8%.

Diante das circunstâncias não houve outra alternativa à agroindústria senão conceder o reajuste pedido. A negociação abrange também os profissionais das unidades de Lages e Santo Veloso, totalizando cerca de 10 mil trabalhadores. O percentual de 8% era “inegociável”, lembra o presidente da Fetiaescc Miguel Padilha, para acrescentar que os trabalhadores “por merecimento” venceram a “queda de braço”. A majoração acabou sendo compatível com a expectativa da representação profissional.

O índice serve de referência para ajustar todas as questões de cunho econômico que constam da Convenção Coletiva de Trabalho. Durante as negociações os sindicatos não permitiram atitudes que causassem lesões aos direitos sociais. Todos os itens com esta conotação foram renovados e tem validade até maio de 2015. O ganho real agregado pelos salários ficou na casa dos 2% “que não deixa de ser bom e melhora o poder de compra dos profissionais da área”, destaca Padilha.

Progresso - Pela primeira vez os sindicatos negociaram a Participação nos Lucros e Resultados - PLR, conforme determina a legislação. O benefício será concedido mediante o cumprimento de metas a serem estabelecidas pela empresa. O presidente da federação ponderou, no entanto, que os termos pontuados serão plenamente exequíveis.

Durante o processo negocial foram defendidas questões genuínas que envolvem o cotidiano dos trabalhadores. “Nada de fantasioso foi colocado na mesa. Apenas a realidade de cada um”. O dirigente expressou que valorizar e investir na classe trabalhadora “é abrir caminhos ao crescimento”. Esse objetivo a federação e os sindicatos cumprem com muita propriedade.

- Foto: Os conflitos do período pré acordo foram superados pelo consenso

Assessoria de Imprensa Fetiaesc